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Entupimentos persistem na Epson R3000

Com o passar dos meses fui perdendo canais na Epson R3000, não entendi bem porque, mas o fato é que acabei ficando apenas do 3 canais bons, dos 8 canais que a impressora tem.

Em Junho de 2021 cheguei a mostrar aqui a técnica de limpeza de cabeças chamada “waterfall”. Hoje resolvi repetir essa limpeza, acabei tentando usar uma seringa (sem agulha) para forçar mais líquido através da cabeça e descobri que a cabeção não tem nenhum canal entupido de fato. Ou seja, o problema é antes da tinta chegar à cabeça de impressão.

Nas minhas pesquisas já havia encontrado o blog My900 e lá existem alguns comentários que apontam para o fato de todos os problemas de entupimento das Epson estar de fato ligados aos dampers e não às cabeças.

O topo da cabeça de impressão da Epson R3000, cada pino desses entra em um damper para coletar tinta.

Com as mesma seringa tentei puxar tinta pelos dampers e não vinha nada, exceto dos 3 canais que estão funcionando. Finalmente descobri algo depois de todo esse tempo e isso me colocou uma questão para resolver.

No momento tenho duas impressoras: Epson Stylus Photo 1400 (convertida para carbono com 6 tons, leva os cartuchos na cabeça de impressão e não tem mangueiras nem dampers) e a Epson Stylus Photo R3000 (com tintas reaproveitadas e que está com esses dampers entupidos, mas que pelo visto tem a cabeça OK).

Conjunto de dampers da Epson R3000, cada um serve a duas tintas.

Comecei a pensar no que fazer, já que estava gostando de ter uma impressora p&b com carbono e uma impressora colorida com o meu inkjet improvisado.

Meu plano #1:

Um banho de água morna e limpa-vidro em 3 dampers que saem mais fácil, libero assim 6 canais na R3000. Esvazio a tinta desses 6 canais (6 frascos limpos, uso a seringa para criar vácuo nos tanques bulk e espero a tinta retornar das mangueiras) e faço uma limpeza geral. Transfiro o carbono para a R3000. Depois que estiver tudo OK, começo uma limpeza geral da 1400 e instalo apenas 6 das 10 tintas lá (é um inkset colorido reduzido que será constantemente misturado dentro do cartucho).

Meu plano #2:

Um banho de água morna e limpa-vidro em todos dampers da R3000. Algo me diz que acabarei voltando ao lugar onde estou agora depois de um tempo.

Uns dias mais tarde acabei optando por limpar todos os dampers e esvaziar todas as mangueiras da R3000. Os dampers até limparam bem, mas duas mangueiras estão completamente entupidas (vivid magenta está cheia de tinta de uma ponta a outra, essa tinta é malvada, não dissolve por nada) e outra está parcialmente. Para limpar as mangueiras coloquei uma ponta dentro de um balde com água e usei uma seringa para tirar o ar dos tanques de tinta, funcionou bem para algumas mangueiras. Sobraram 5 canais que eu considerei OK.

Coloquei tinta a base de carbono nos tanques e com uma seringa puxei a tinta até os dampers que estavam limpos, montei tudo de novo. Tentei uns testes, dos 5 canais apenas 2 funcionaram de primeira. Desmontei a cabeça pela enésima vez, puxei tinta de novo, voltei a montar e agora outros dois canais funcionavam ao invés dos primeiros. Nesse dia eu acho que desisti da R3000, que encrenca.

A Epson 1400 continua funcionando bem com o carbono, gostaria de manter outra impressora com cores, mas acho que trocar as tintas de uma para a outra não será nada tranquilo e sinto que acabarei me arrependendo.

Novos textos sobre a tinta de carbono feita em casa

Já no ar a segunda parte da série sobre tinta de carbono nas impressoras inkjet. Nessa etapa conto um pouco das tintas feitas em casa e de como configurar isso no computador: https://efecetera.com/tutorial/jato-de-tinta-de-carbono-parte-2/

Se ainda não tinha visto essa série de experimentos, foram impressoras Epson 4900 e 1400 que eu converti para usar com tinta de carbono.

Recentemente inclui na barra lateral alguns links para meu conteúdo nos sites Efecetera, PetaPixel e Emulsive, também servem para localizar esses textos entre diversos outros.

Carbono na Epson 1400

Comecei misturando a base da tinta, de acordo com a receita do Paul Roark. Água destilada, glicerina líquida, dois umectantes diferentes, pronto. Enchi os cartuchos recarregáveis com a base e coloquei na impressora até que não saia mais tinta coloridas nas impressões.

Esse vídeo mostra um pouco dessa etapa:

Comprei diversos tamanhos de seringa para ver o que funcionava melhor com os cartuchos da 1400 que são bem menores do que os cartuchos que eu usei nas impressoras anteriores. Acabei me entendendo melhor com as seringas de 10ml e 2.5ml para acertar as medidas dessas diluições. Preparei 50ml de cada tinta (2%, 6%, 9%, 18% e 30%) e o cartucho K leva a tinta sem diluição, ou seja, 100%.

Primeira etapa é abrir o “inkseparation6.tif” para começar a descobrir quais os limites das tintas.

Nesse momento descobrir que alguns canais ainda tinham pequenos entupimentos e voltei atrás um pouco. Fiz umas 3 limpezas e carreguei a tinta novamente (tirando os cartuchos e os recolocando, fazendo a impressora entender que eram diferentes).

Fiz todas essas primeiras etapas com papel sulfite, simulando a operação normal com papel fotográfico, a idéia era mesmo descobrir esses pequenos problemas antes poder calibrar o sistema com o papel que vou usar daqui para frente.

Descobri diversos pequenos problemas no processo, usei uns perfis genéricos que eu tinha guardados para imprimir algumas imagens e ver se os tons pareciam estar ok, se nenhum canal começaria a dar mais problemas com o uso.

Com as fotos em sulfite saindo com os tons certos, sem manchas, riscos ou falhas, foi a hora de começar a calibrar o Hahnemuhle Matt Fibre Duo, meu preferido com essa tinta de carbono.

Estabeleci que o limite de tinta default seria 35% e refiz a impressão do “inkseparation6.tif” com 35% da tinta, depois de seco esse alvo será lido no scanner para definir os limites das outras 5 tintas e como elas vão interagir para produzir os diversos tons da cópia.

Ateliê no primeiro subsolo

Aos poucos eu estou recriando um espaço para trabalhar em imagens. A primeira coisa que eu queria ter novamente é uma impressora que pudesse imprimir em carbono. Comecei a busca pelas Epson 7600 ou 9600, até achei umas candidatas interessantes, mas todas muito distantes daqui. Cheguei a pensar em modelos mais modernos, achei umas próximas, mas muito caras para esse momento de experimentação. Dai olhando o Marketplace do Facebook encontrei uma Epson 1400, conhecida em outras paragens como Artisan, uma impressora A3+ relativamente pequena.

Essa Epson tem 6 cartuchos e aceita bem os cartuchos com auto-reset vindos da China, o que é um alívio. Existem boas experiências com ela e carbono por ai, isso também anima. O preço dela era bem razoável. De tão pequena, ela foi fácil de carregar no trem/comboio até aqui (na verdade foi metrô, trem e depois ônibus, cansativo, pequena mas pesada, valeu mesmo assim).

Outros itens foram mais fáceis, as dicas da Sofia Silva valeram e achei água destilada e glicerina no Leroy Merlin, de onde vieram também os cavaletes, a placa que virou tampo de mesa e a estante metálica.
No supermercado peguei abrilhantador de lava-louça/loiça. Na farmácia peguei seringas de diversos tamanhos para fazer aquela sujeira incrível com a tinta, rsrsrsrs.

O mais importante levou uns dias para chegar, vejo direto do fabricante na Flórida, um litro de base de carbono para tinta inkjet. Já falei dessa dica do Paul Roark no primeiro post aqui sobre carbono, da tinta da STS que é a base do kit Eboni-6. A tinta em si foi mais cara que o resto todo dessa tranqueirada, mas ela deve durar alguns anos.

Simplificando muito, vou dizer que esse kit da Ink Supply é um kit concorrente aos kits da Cone Inks, foi desenvolvido pelo Paul, mas ele ensina a fazer algo parecido no próprio site dele. Tinta inkjet do tipo faça você mesmo. Essa é a beleza do carbono.

Ainda aguardando os cartuchos chineses e em busca de uma promoção no Hahnemuhle Matt Fibre, em breve mostro os testes.