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Festival de Fotografia Experimental em Barcelona EXP.23 • Confirmado

Estarei no EXP23 em Julho…

Minha contribuição para a programação inclui uma palestra sobre imagens únicas (impressões irreprodutíveis), uma versão do workshop Armadilha para o Acaso e uma versão do workshop de Construção de Câmara Digital Artesanal, tudo em inglês.

Já falei aqui no passado (quando fui no EXP20) e volto a falar: vale ver a página de transparência do site do festival. É uma maneira muito bacana de olhar para a organização desse tipo de evento.

Aproveita e faça sua inscrição para o festival e venha conhecer Barcelona e curtir esse evento!

Workshop “Silicon Based Photography”

Caríssimos amigos de Lisboa e região:

‘Silicon Based Photography’ é um workshop programado no âmbito de uma unidade curricular do Mestrado em Fotografia da ULHT, que conta com a minha orientação.

O workshop começará com uma apresentação sobre o processo de formação da imagem fotográfica, reflectindo sobre as etapas-chave que determinam a visualidade da imagem. Essa reflexão abrirá caminho para discutir e experimentar com diferentes formas de intervir numa imagem digital, criando uma lista de ações possíveis. No decorrerer do workshop serão feitas diversas experiências, nomeadamente:
1. Explorar a luz visível com capturas digitais sensíveis ao infravermelho;
2. Explorar o uso de canais de cor em softwares de edição;
3. Explorar diferentes formatos de sensor com capturas que usam CCD lineares;
4. Explorar algumas interferências em impressoras inkjet.

O workshop decorrerá nos dias 27 e 28 de janeiro e terá a duração de 12 horas, havendo 6 vagas para participantes externos ao Mestrado em Fotografia da ULHT, por 70€.

As 12 horas de workshop estão distribuidas assim: 27/01, sexta – 11h às 12h30 e 14h às 18h e 28/01, sábado – 10h às 12h30 e 14h às 18h

Para participar como aluno externo, deve concluir o registo aqui.

Festival de Fotografia Experimental em Barcelona EXP.20 • Palestra Marc Lenot

Hoje é o segundo dia do festival e acabo de sair da palestra do Marc Lenot. Ele é um professor que estuda a fotografia experimental. Para conhecer mais dos seus textos você pode acessar o site dele: http://photographie-experimentale.com/

Marc dividiu sua apresentação em três partes principais: estratégias para desconstruir a realidade, estratégias para questionar a fotografia e estratégias para questionar o fotógrafo.

Na segunda parte, questionar a fotografia, ele listou algumas das estratégias mais usadas pelos experimentais, são elas: jogar com a luz, jogar com o tempo, jogar com a química, jogar com a impressão, desconstruir ou reinventar a câmera ou usar o corpo humano como câmera. Exemplos interessantes, me pareceu um grupo bacana de subdivisões para olhar os trabalhos experimentais que conheço por ai.

No final ele falou de motivações, ele trabalhou junto ao pessoal da organização do evento para entender quem eram as pessoas que viriam aqui e leu os manifestos individuais que foram usados para criar um manifesto único que será lançado aqui hoje. Ele listou diversos itens, entre os quais: subversão, aversão ao planejamento, perda de controle, pureza, nostalgia e dar tempo à reflexão. De fato, esses são os temas mais recorrentes nas conversas pelos corredores do festival.

Ele citou Flusser um número de vezes, coisa que é importante nas partes do mundo que o conhecem menos, talvez no Brasil e na Alemanha Flusser seja muito mais conhecido que aqui na Espanha. O fato é que essa distinção que Flusser faz dos funcionários para os fotógrafos experimentais que desvendam o conteúdo da caixa-preta é muito importante para os participantes desse festival. No momento das perguntas, lembrei do professor Wladimir Fontes e perguntei ao Marc se ele achava que chamar um fotógrafo de funcionário seria uma boa ofensa. Marc foi elegante e falou que obedecer regras não é um problema em si enquanto alguém sabe porque está as obedecendo.

 

 

Festival de Fotografia Experimental em Barcelona EXP.20 • Transparência

Daqui a 15 dias começa o Festival de Fotografia Experimental de Barcelona. Tenho me surpreendido cada vez mais com as informações que vou recebendo do pessoal de lá na medida em que os dias se aproximam, eles são super organizados e transparentes.

Dá uma olhada nessa página aqui e se por acaso você já viu isso em algum outro festival, me conta nos comentários:

https://www.experimentalphotofestival.com/transparencia

Eu estarei lá para uma mesa de debates na tarde de sábado, vou apresentar a história de diversos processos experimentais digitais com os quais eu me envolvi.

Festival de Fotografia Experimental em Barcelona EXP.20

Em janeiro vai rolar o Festival de Fotografia Experimental de Barcelona. O que mais me chamou atenção na programação é uma mesa redonda coletiva sobre porque “continuamos a fazer exposições experimentais com molduras da Ikea”. Talvez seja porque por €2 você compra uma moldura 24x30cm já pronta com passepartout com janela 15x21cm, são bem feitas e rápidas de montar. De qualquer maneira, acho que será um momento interessante para rever tudo que se faz já meio sem pensar, simplesmente porque é mais fácil ou barato.

Para conhecer mais sobre o festival e sua programação: https://www.experimentalphotofestival.com

Eu estarei lá para uma mesa de debates na tarde de sábado, vou apresentar a história das câmeras de CCD linear que eu construi com sucata de scanners.

Tira-Olhos • Lisboa

Ontem fui ao Tira Olhos que é um espaço recém aberto aqui em Lisboa. Eles são uma associação para a fotografia experimental ;-) Foi uma delicia estar novamente com a Sofia (que eu entrevistei semana passada) e poder conhecer a Paula e o Alexandre. O espaço é muito acolhedor e eles tem um lab espaçoso e bonito.

Eles três se definem assim: “A TIRA-OLHOS – Associação de Fotografia Experimental, foi criada com o intuito de desenvolver um trabalho de proximidade com amadores, artistas e artesãos, tendo por objectivo desenvolver, promover, disseminar e ensinar técnicas experimentais e artesanais da prática fotográfica.

Por ‘fotografia experimental’ entendemos um modo de criar imagens (a partir da luz) que não só assenta em princípios técnico-científicos, como dá espaço à natureza errante da experimentação para induzir a forma final do produto. Uma grande parte dos processos que usamos são ou podem ser autónomos do uso do dispositivo fotográfico vulgarmente reconhecido como câmara.
O projecto, sediado em Lisboa, começou a ser pensado em 2018 e ganhou vida em 2019. São membros fundadores: Alexandre de Magalhães, Paula Lourenço e Sofia Silva.” –> https://www.facebook.com/TIRAOLHOSFotografiaExperimental/

Bacana também ler o que a Sofia escreveu sobre a aventura de achar e construir esse espaço: https://nihilsentimentalgia.com/2019/10/24/a-new-adventure-tira-olhos/

E se você ficou curioso para conhecer a Sofia Silva, aqui tem uns minutos de entrevista com ela:

Depois fiz uma entrevista com o Alexandre de Magalhães, e essa está aqui:

Também tem entrevista com a Paula Lourenço: