Tudo começou com a tal Super8 que eu consertei. Falei dela aqui no post do dia 23 de fevereiro de 2023. A sério? Sim! 23/02/2023.
Estava com um deadline do Festival de Avintes na cabeça, algo relacionado ao Dia Mundial da Fotografia Estenopéica. E comecei a pensar em câmaras para construir. Essa ideia deu origem a uma conversa, mas isso talvez vire algo mais um dia. Mas decidi não construir nada agora.
Há muitos anos que eu não fazia uma fotografia estenopéica, ou pelo menos eu pensava assim. Tinha esquecido a solargrafia do ano passado. Fui olhar a câmara que eu usei, não era o que eu queria.
Queria usar filme raio-x, porque o revelador estava pronto. Lembrei da câmara 13x18cm inspirada na do Bill Brandt.
Quando percebi já tinha preparado o furo, colado numa placa orfã para dessa minha point-and-shoot de 13x18cm. Num ímpeto, fui para a garagem. Tem esse scanner que eu peguei no lixo, estou tentando fazê-lo voltar a funcionar, a luz já acende quando ligo na eletricidade. Com a luz ligada, fiquei dançando com ele sobre minha mesa de trabalho, por uns 15 minutos.
Pronto, a chapa foi exposta.
Medi a temperatura da água, era 13,6C. Dobrei a quantidade de Rodinal, dobrei o tempo de revelação. Já está.

Fiz outras imagens além dessa, escolhi uma para mandar.
Passo tanto tempo sem considerar o pinhole, mas quando o faço, tudo vem tão fácil. É dessas coisas que vem de tanto tempo atrás, que ainda estão comigo e, com sorte, sempre estarão.