Esse par de Yashicas tinha uma série que problemas, mas vários deles não eram comuns às duas. Logo vi que uma tinha a lente ainda com coating, a outra fazia velocidades baixas intermitentemente e também conseguia fazer B, coisa que a outra nem sonhava. Muita ferrugem em ambas, o couro não estava completo, mas podia ser compartilhado.


Primeiro comecei a investigar as velocidades baixas intermitentes na Yashica que elegi como a melhor. Com um pouco de trabalho consegui limpar o mecanismo da velocidade baixa.

Nessa foto acima é fácil perceber que a objetiva em primeiro plano já perdeu o coating a reflete mais luz.
Essa Yashinon é um triplet. Normalmente Yashikor são as triplets e as Yashinons são quadruplets, mas no BR não funciona assim, para gerar confusão.

Por fim um detalhe da base de uma das Yashicas 124B mostrando o o Made in Brazil e o disco com A e F (Abre e Fecha) ao contrário de O e C (Open e Close).
Os três parafusos diferentes também entregam que essa câmara teve um passado com diversas visitas ao mecânico. Uma delas tinham um número 23 gravado em etiqueta rotex preso ao capuchão, coisa típica de câmaras usadas em grandes empresas de fotografia social, que vida que essa câmara levou.
Fazia muito tempo que eu não mexia numa câmara analógica para consertar ou modificar, foi uma delícia poder voltar a fazer isso. Teve uma camada de dificuldade extra, me adaptar aos óculos que eu comprei, para contornar a presbiopia, algo que não foi necessário no ano passado quando fucei numa Olympus XA. Essa XA ainda aguarda uma solução, é dessas que parou de ajustar a velocidade e dispara sempre a 1/500. Revisei todo o circuito e todas as conexões, deve ser o controlador. Mas isso fica para um outro dia.