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Espelhamento • parte III

Lembrem que contei sobre essa exposição do projeto Actum num post anterior e disse: “…a mim interessa uma que fala do experimentalismo. Minha proposta foi então sair em busca de uma imagem desconhecida e encontrá-la quase da mesma maneira que a Ilha Desconhecida é encontrada no conto. Ou seja, fotografar uma cena que só existe enquanto o fotógrafo e câmara lá estão.”

Entitulei o trabalho de “Enquanto Estou Aqui”. A palavra “Aqui” se repete se olharmos o título do trabalho que fiz para a edição anterior desse projeto. Bom, aqui é uma enorme novidade na minha vida, se explica.

Hoje, mais cedo, abriu a exposição que ficará no Palácio do Raio até dia 25 de fevereiro.

Espelhamento • parte II

De fato eu voltei lá num dia de chuva, mas não registrei com o telefone porque o espaço sob o guarda-chuva era pouco para tanta atividade.

Uns dias depois abriu um Sol violento e voltei lá mais uma vez. A lama acumulada era funda e fiquei imundo, mas valeu a pena.

Aproveitei uma grande poça como espelho.

Reproduzi todos os negativos com minha caixa de reprodução e comecei a imaginar como juntar tantos dias e luzes distintos e como as imagens ficariam depois da impressão.

Acabei criando um grupo de 15 imagens das quais escolhi 3 para compor um tríptico. Experimentei imprimir com carbono sobre um papel matte da Tecco com 230g/m2.

E agora estou nesta etapa, em breve conto como ficaram as molduras na parede.

Entupimentos persistem na Epson R3000

Com o passar dos meses fui perdendo canais na Epson R3000, não entendi bem porque, mas o fato é que acabei ficando apenas do 3 canais bons, dos 8 canais que a impressora tem.

Em Junho de 2021 cheguei a mostrar aqui a técnica de limpeza de cabeças chamada “waterfall”. Hoje resolvi repetir essa limpeza, acabei tentando usar uma seringa (sem agulha) para forçar mais líquido através da cabeça e descobri que a cabeção não tem nenhum canal entupido de fato. Ou seja, o problema é antes da tinta chegar à cabeça de impressão.

Nas minhas pesquisas já havia encontrado o blog My900 e lá existem alguns comentários que apontam para o fato de todos os problemas de entupimento das Epson estar de fato ligados aos dampers e não às cabeças.

O topo da cabeça de impressão da Epson R3000, cada pino desses entra em um damper para coletar tinta.

Com as mesma seringa tentei puxar tinta pelos dampers e não vinha nada, exceto dos 3 canais que estão funcionando. Finalmente descobri algo depois de todo esse tempo e isso me colocou uma questão para resolver.

No momento tenho duas impressoras: Epson Stylus Photo 1400 (convertida para carbono com 6 tons, leva os cartuchos na cabeça de impressão e não tem mangueiras nem dampers) e a Epson Stylus Photo R3000 (com tintas reaproveitadas e que está com esses dampers entupidos, mas que pelo visto tem a cabeça OK).

Conjunto de dampers da Epson R3000, cada um serve a duas tintas.

Comecei a pensar no que fazer, já que estava gostando de ter uma impressora p&b com carbono e uma impressora colorida com o meu inkjet improvisado.

Meu plano #1:

Um banho de água morna e limpa-vidro em 3 dampers que saem mais fácil, libero assim 6 canais na R3000. Esvazio a tinta desses 6 canais (6 frascos limpos, uso a seringa para criar vácuo nos tanques bulk e espero a tinta retornar das mangueiras) e faço uma limpeza geral. Transfiro o carbono para a R3000. Depois que estiver tudo OK, começo uma limpeza geral da 1400 e instalo apenas 6 das 10 tintas lá (é um inkset colorido reduzido que será constantemente misturado dentro do cartucho).

Meu plano #2:

Um banho de água morna e limpa-vidro em todos dampers da R3000. Algo me diz que acabarei voltando ao lugar onde estou agora depois de um tempo.

Uns dias mais tarde acabei optando por limpar todos os dampers e esvaziar todas as mangueiras da R3000. Os dampers até limparam bem, mas duas mangueiras estão completamente entupidas (vivid magenta está cheia de tinta de uma ponta a outra, essa tinta é malvada, não dissolve por nada) e outra está parcialmente. Para limpar as mangueiras coloquei uma ponta dentro de um balde com água e usei uma seringa para tirar o ar dos tanques de tinta, funcionou bem para algumas mangueiras. Sobraram 5 canais que eu considerei OK.

Coloquei tinta a base de carbono nos tanques e com uma seringa puxei a tinta até os dampers que estavam limpos, montei tudo de novo. Tentei uns testes, dos 5 canais apenas 2 funcionaram de primeira. Desmontei a cabeça pela enésima vez, puxei tinta de novo, voltei a montar e agora outros dois canais funcionavam ao invés dos primeiros. Nesse dia eu acho que desisti da R3000, que encrenca.

A Epson 1400 continua funcionando bem com o carbono, gostaria de manter outra impressora com cores, mas acho que trocar as tintas de uma para a outra não será nada tranquilo e sinto que acabarei me arrependendo.

Tinta de carbono feita em casa

Originalmente publicados no Efecetera: https://efecetera.com/tutorial/jato-de-tinta-de-carbono-parte-2/ , mas não mais disponíveis por lá. Condensei aqui os três textos de lá.

O laboratório preto-e-branco, mesmo depois desses últimos anos, ainda é um meio relativamente barato de produzir cópias e provas com permanência. Uma impressão em pigmento mineral é comparativamente mais cara e injustificável principalmente quando se trata de uma experimentação despretensiosa ou de provas cotidianas para editar um trabalho. Pesam contra as inkjets a diluição do investimento que é lenta e a durabilidade do equipamento que pode ser curta com uso inconstante. O laboratório por sua vez ocupa mais espaço e consome mais tempo, mas uma vez montado pode funcionar por décadas com papéis e químicos (se suas imagens estiverem registradas em negativos).

Era um desejo antigo poder fazer provas dos meus arquivos digitais e dos meus scans de negativos com a praticidade do digital e o custo e a permanência da cópia molhada.

Fui atrás então de descobrir quais eram os gargalos desse problema e se haveriam soluções para eles. A durabilidade das impressoras inkjet esbarram no entupimento das cabeças de impressão e na obsolescência dos drivers e dos sistemas operacionais que suportam determinados modelos. O investimento é ainda mais alto dependendo da largura do papel que se pretende imprimir e também porque a tinta é cara. Se gasta tinta para imprimir, para limpar a cabeça de impressão e para manter a cabeça de impressão com tinta fresca. Além disso, existe a questão do marketing, a tinta é uma parte lucrativa desse negócio e os fabricantes de impressoras lutam a todo custo para controlar quais tintas podem ser usadas nas impressoras a fim de proteger seus lucros que provém de impressoras já vendidas.

Bulk Ink

Para pesquisar, eu costumava abrir o Google e pesquisar palavras chave tais como: refillable cartridge, bulk ink, non oem ink. Assim eu via o que havia de novidades. Se você o fizer, é provável que um novo mundo se apresente a você, se ainda não o conhece. Você vai encontrar produtos que tem o intuito de baratear a impressão inkjet e expandir suas possibilidades.

Esse conjuntos de materiais e acessórios é uma enorme confusão e decifrá-lo é um desafio. Se misturam ai as tintas a base de corante sem marca definida cuja função é baratear ao máximo a impressão inkjet, as tintas a base de corante embaladas por empresas que oferecem cartuchos de impressão alternativos, as tintas a base de pigmento (tanto minerais como sintéticos) oferecidas em diversos patamares de qualidade e preço. Além disso há um enorme sortimento de cartuchos que podem ser enchidos novamente, há os que vem com um chip que precisará ser trocado, há os que vem com um chip que faz um autoreset, existem mangueiras, seringas, tanques externos, kits completos, uma parafernália e imensos tutoriais. A essência de grande parte desses materiais e equipamentos é deslocar o reservatório de tinta para o lado de fora da impressora com a ajuda de mangueiras que se conectam a cartuchos modificados, garantindo assim a liberdade de introduzir outras tintas na impressora e assim driblar as limitações que os fabricantes criam em suas impressoras.

Ainda surgem também kits e tutoriais específicos para desentupir impressoras, existem blogs sobre modelos específicos de impressoras que causaram muitas dores de cabeça ao redor do mundo. E por fim existem aqueles tutoriais de como fazer suas próprias tintas monocromáticas. Alguns desses tutoriais falam de tintas a base de carbono, um pigmento mineral estável e barato, que podem ser usadas nas impressoras com o auxilio dos tais acessórios e materiais. As tintas a base de carbono ainda oferecem menor risco de entupimentos na impressora, ou seja, ajudam na questão da permanência das cópias e na durabilidade do equipamento.

Decifrar esse novo mundo é aproximá-lo um pouco da experiência do laboratório p&b onde fazemos ajustes no químico para alterar o contraste, usamos uma viragem a sépia ou fazemos um rebaixamento, o processo se torna mais manual e o interior da impressora fica menos misterioso.

A minha história

A história que eu hei de contar é composta quase todas as facetas desse mundo. É a história de uma impressora que dava uma dor de cabeça danada, ela vivia entupindo e toda vez que entupia o dono dela via seu dinheiro ir embora em cópias em que faltavam cores, em tinta caríssima que era usava para a limpeza dos canais entupidos. Quanto mais limpava, mais entupia. Esse modelo incomodava tanta gente que muitos escreveram sobre essas impressoras na internet, cada um tentando entender porque os problemas se tornavam cada vez piores, ao invés de melhorar a cada limpeza. Nessa impressora, dos onze canais de tinta, dois não desentupiam mais, assim ela foi parar no lixo.

Eu já tinha lido sobre as possibilidades de criar uma tinta à base de carbono e sabia que uma impressora nessas condições poderia servir a esse propósito. E foi assim que a história com a Epson 4900 começou.

No caso dessa impressora os cartuchos de tinta ficam colocados na frente da impressora, mangueiras levam cada tinta a um feixe de outras mangueiras que juntas vão até a cabeça de impressão perfazendo uma enorme alça. Dentro da cabeça, cada mangueira encontra um pequeno dispositivo que funciona como filtro (para deter quaisquer coagulações) e que impede a passagem de bolhas de ar. Depois do filtro a tinta está na cabeça e vai percorrer canais finíssimos até ser expulsa em uma microgota que encontrará o papel.

Uma nota rápida: Como vocês hão de perceber, para explorar esse tutoriais sobre fazer suas próprias tintas, a impressora tem que ser Epson. Dos quatro grandes nomes para os quais é fácil achar cartuchos recarregáveis, a Epson e Brother são as únicas que utilizam o sistema piezo (um elemento controlado eletronicamente se expande e aumenta a pressão no líquido produzindo a gota que é expelida em direção ao papel). A tecnologia da Canon e HP é o sistema bubblejet (um elemento eletrônico esquenta a tinta para produzir uma micro bolha que expulsa a tinta pelo canal da cabeça em direção ao papel). Fazer uma tinta que não acumule no elemento que esquenta e assim evite entupir a cabeça dificulta muito essa exploração, nesse caso eu sugiro conhecer o trabalho da Precision Colors e suas tintas para Canon. Quanto a Brother, ainda não vi nenhum modelo que seja suportado pelo software que é utilizado para reinterpretar o conteúdo dos cartuchos e mediar isso com o computador e o programa sendo usado para imprimir a imagem.

Avaliando uma impressora para conversão

Sendo a impressora fisicamente grande e as mangueiras longas, a tinta se move lentamente pelas mangueiras e mesmo após uma troca de cartuchos é razoável supor que a tinta do cartucho anterior ainda possa passar meses dentro da impressora até a tinta mais fresca ser capaz de expulsá-la (se isso de fato vier a ocorrer). Dentro das mangueiras a tinta acaba não sendo agitada periodicamente. A vedação do cartucho contra a impressora também é importante, para previnir a entrada excessiva de ar no sistema toda vez que o cartucho for removido, agitado e devolvido ao seu lugar. Existem tutoriais para drenar tinta antiga das mangueiras, para trocar os filtros quando esse já não deixam mais passar tinta na quantidade sufuciente para alimentar a cabeça. Observei o feixe de mangueiras que levava tinta até a cabeça dessa 4900 e percebi dois canais com grandes bolhas de ar, chegando até 5cm de mangueira completamente sem tinta, enfim, uma situação nada animadora.

Essa primeira análise da impressora é bem importante para saber quais os possíveis problemas e soluções, determinar assim a viabilidade da recuperação. Além das mangueiras com ar, vi também as datas de validade dos cartuchos, o que me fez supor que alguns ali eram muito pouco usados e estavam parados há muito tempo, deveria evitar usar aqueles canais mais tarde. Fiz alguns testes da cabeça, mas nenhuma limpeza, já tinha lido que as limpezas deterioram a cabeça ainda mais. Analisei também a capacidade ainda presente no tanque de descarte, onde a tinta da limpeza vai parar.

A impressora ainda tinha 8 canais funcionando, era aceitável supor que ela funcionaria para esse projeto (eu precisaria na pior das hipóteses de 3 canais bons). A próxima etapa então seria encher a impressora com um líquido de limpeza que seria capaz de remover toda a tinta ainda presente nos canais que ainda funcionavam, limpando assim pigmentos coloridos, coagulações e bolhas de ar.

Lista de compras

Comecei então a pesquisar cartuchos recarregáveis, tanques de descarte, resetters, software de manutenção, uma máquina virtual para rodar esse software em Windows XP, seringas, garrafas PET, papel toalha os componentes do líquido de limpeza.

Encontrei os cartuchos recarregáveis pelo Ali Express, era um modelo que tinha mais capacidade de tinta que o Epson, 300ml ao invés de 220ml, tinha chips que faziam auto-reset, eram 10 cartuchos enormes, uma caixa bem grande para o kit todo. Kit veio da China e completo custou metade do preço de um cartucho Epson na época. O resetter do tanque de descarte e um tanque extra vieram da China também. 

A troca da tinta pelo líquido no caso de uma impressora com tantas mangueiras se dá pela função “ink charge”. Uma bomba de vácuo aspira o volume de tinta das mangueiras através da cabeça para o tanque de descarte, até as mangueiras estarem preenchidas com líquido novo direto do cartucho. No caso dessa impressora, o “ink charge” é feito exclusivamente pelo software de manutenção que não é distribuido publicamente. No caso da Epson 4900, como as limpezas deterioravam muito a cabeça de impressão, se difundiu o uso de “ink charges” para jogar fora a tinta parada nas mangueiras. Apesar dessa prática descartar muito mais tinta que uma limpeza, muitas vezes o resultado era mais duradouro (em situações extremas, usuários dessas impressoras usavam o “ink charge” para encher a impressora de líquido de limpeza e depois voltavam a instalar cartuchos Epson com tinta mais nova). Logo, esse software circulava na comunidade e um usuário de um fórum fez a gentileza de compartilhar comigo para a limpeza dessa impressora. Tinha Windows XP com a ajuda do Parallels num Macbook branquinho antigo para usar o scanner Pakon e essa instalação acabou servindo.

O líquido de limpeza é uma mistura de água destilada, glicerina e agentes umectantes comuns no laboratório p&b. A fórmula que eu usei foi a desenvolvida pelo Paul Roark, chamada C6b, uma base genérica para misturar tintas de inkjet que pode ser usada também como líquido de limpeza. Ela pode se misturar com tintas Epson e com tintas a base de carbono, tornando-a um bom líquido de transição, já que tintas Epson e tintas a base de carbono não devem se misturar.

A primeira limpeza 

Mesmo sem instruções detalhadas, consegui usar o software de manutenção e carregar líquido de limpeza pelas mangueiras, pude conferir o resultado visualmente e após a primeira “ink charge” alguns canais já mostravam cores esmaecidas no “nozzle check”. O canal preto está sem mudança algumas, provavelmente havia morrido ou a válvula de seleção de “glossy” ou “matte” estava entupida. Segui adiante e fiz um segundo “ink charge”, as cores sumiram quase todas. Esse é um momento importante para avaliar cada canal, o tempo de levou para limpá-lo e poder escolher os melhores canais da impressora para usar após a conversão. Outros canais, mais problemáticos ficarão com líquido de limpeza permanentemente no cartucho, já que a impressora regularmente ejeta um pouco de tinta para manter a cabeça desentupida, mas não serão usados na impressão.

Faça sua própria tinta

Antes mesmo de decidir misturar tinta a base de carbono, acabei tropeçando em alguns tutoriais interessantes de gente que fez diversas diluições diferentes de tintas pretas (Epson Matte Black, Inktec Black pigment ink, etc). Esses conjuntos de diluições, que o pessoal chama de inkset, servem para criar um degradê do preto ao cinza claro e tem o intuito de melhorar a gradação das cópias monocromáticas.

O princípio é o mesmo das impressoras que usam as tintas K (black), LK (light black) e LLK (lighter light black). Quanto mais tons diferentes, mais fácil para a impressora criar uma gradação suave na cópia p&b e assim reproduzir o tom contínuo das cópias produzidas no ampliador. Para os inksets que eu criei, usei seis tons da tinta original: 100%, 30%, 18%, 9%, 6% e 2%. Seis tons provavelmente é muito, cheguei a testar apenas 4 tons e constatei que é quase impossível distinguir as cópias. A única vantagem de ter seis tons logo é ter mais tinta dentro da impressora e passar mais tempo sem ter que lidar com seringas e garrafinhas de líquido que potencialmente podem imundiciar a casa.

Diluição no quê? Uma característica interessante da base C6b é que ela pode diluir tanto pigmento carbono quanto tintas originais da Epson, então ela serve para uma gama enorme de possibilidades. A tinta a 100% é a tinta original pura, as outras são misturas da tinta com a base C6b. Até onde pude comprovar, seringas disponíveis nas farmácias oferecem precisão suficiente para repetir a formulação ao longo do tempo (presumindo que a mesma seringa é usada). Usei pequenas garrafas PET para armazenar as diluições prontas. Uma dica importante é sempre preparar a 2% primeiro, depois a de 6% e assim por diante para evitar que uma contaminação da seringa que possa afetar as diluições mais fraquinhas.

Inksets que você pode fazer existem vários, desde os mais fáceis com apenas a cor do pigmento original (matte black ou carbono que é ligeiramente sépia) somente para papéis matte até os mais complicados que podem ser usados em papéis glossy e com tintas extra com pigmentos minerais amarelo e ciano. Essas cores são aplicadas junto ao preto para deixar o preto mais quente ou mais frio, dependendo do gosto do fotógrafo. Já falei aqui antes da Inktec, uma tinta sul-coreana a base de pigmentos sintéticos, e um inkset com um preto matte Inktec pode ser muito barato. Imagino esse inkset como uma solução interessante para provas rápidas com tom neutro num papel matte mais em conta também.

Quando fiz meu primeiro inkset tentei seguir as instruções do inkset C6 no site do Paul Roark (que o concebeu) e comprei o carbono direto da loja MIS nos USA (esse carbono do kit C6 é um carbono puro desenvolvido para quem vai fazer inksets do tipo DIY). O carbono demorou muito tempo para chegar ao Brasil, nesse meio tempo quase comprei um litro de tinta preta Inktec, mas acabei achando um cartucho T511 antigo da Epson com 500ml de tinta preta. Isso estava num canto de uma loja de impressoras num cesto de itens quaisquer com um preço muito convidativo. Comprei pensando em usar aquela tinta enquanto não consegui resolver o recebimento do carbono, mas mais tarde me encantei pela cor (que provavelmente é de carbono também, mas mais quente). Usar uma tinta vencida há 10 anos me atraia mais também. Uma conta para se fazer é que 500ml de tinta pura podem virar 300ml de um inkset de seis tintas, ou seja 1800ml de tinta pronta para a impressora. E esse tanto de tinta equivale a muitos picolitros que podem se espalhar por muitos metros quadrados de papel.

QTR

Bom, já expliquei como salvar a impressora dos entupimentos e que temos que misturar a base de carbono com glicerina, umectantes e água destilada. Resta saber como explicar ao computador o seguinte: onde antes havia uma tinta ciano agora habita um cinza 9%, por exemplo.

Talvez vocês até saibam melhor do que eu o que é um rip, um software desenvolvido para organizar a fila de impressão e fazer a entrega dos arquivos a serem impressos para a impressora. Existe um rip específico voltado para imagens monocromáticas em impressoras de qualidade fotográfica chamado QuadTone RIP. Seu intuito era conseguir um melhor aproveitamento nas impressões p&b, permitindo ao usuário criar curvas e controlar a tonalização das cópias, coisas que não eram possíveis com drivers originais das Epson há 10 ou 15 anos. Esse rip se coloca entre os programas e a impressora, lado a lado com o driver da Epson como uma alternativa que pode ser escolhida nos diálogos de impressão. Ao escolher o QTR você passa a ter controle sobre quais tintas serão usadas e que curva será usada para controlar as altas e baixas luzes da cópia, atuando com a função equivalente ao perfil de cor na cópia colorida.

Se você produz cópias monocromáticas na sua impressora e ainda não experimentou QTR, fica aqui essa dica. Para trabalhar com um inkset feito em casa, esse tipo de software é essencial. Para conhecer melhor o QTR recomendo a leitura do tutorial do Amadou Diallo que consta do site oficial do QTR, é um tutorial simples que deixa clara a função da ferramenta e oferece quatro níveis de complexidade no seu uso. Para inksets feitos em casa as etapas são as mais complexas, não vou discutir aqui todas elas, vou falar mais da produção do descriptor file.

Arquivos de configuração

O descriptor file do QTR é um arquivo de texto que descreve o inkset sendo usado, é graças à informação presente ali que o driver consegue transpor os valores dos tons de cinza da imagem para a quantidade de tinta a base de carbono. Vou exemplificar aqui com o arquivo que eu criei em Dezembro de 2019 para a minha Epson 1400, a terceira impressora que eu converti.

#NOTES 1440 dpi, Uni-directional.  GM 12-2019

PRINTER=Quad1400-MIS

N_OF_INKS=6

DEFAULT_INK_LIMIT=35

BOOST_K=

LIMIT_K=

LIMIT_C=

LIMIT_M=

LIMIT_Y=

LIMIT_LC=

LIMIT_LM=

N_OF_GRAY_PARTS=6

GRAY_HIGHLIGHT=8

GRAY_SHADOW=4

GRAY_INK_1=K

GRAY_VAL_1=100

GRAY_INK_2=C

GRAY_VAL_2=60

GRAY_INK_3=M

GRAY_VAL_3=42

GRAY_INK_4=LC

GRAY_VAL_4=15

GRAY_INK_5=LM

GRAY_VAL_5=7

GRAY_INK_6=Y

GRAY_VAL_6=3

GRAY_GAMMA=1

GRAY_CURVE=

LINEARIZE=”98.83 96.78 95.05 91.42 86.44 82.62 78.16 71.79 67.08 64.65 61.11 56.33 51.41 46.8 43.36 40.13 38.19 33.32 28.65 22.14 18.78″

O primeiro elemento que se vê nesse arquivo é uma área de notas que graças ao símbolo # será ignorada pelo software. Essas notas servem para identificar o arquivo e te ajudar a lembrar quais configurações usou no diálogo de impressão para gerar os testes. Por exemplo, caso use outra configuração de dpi de impressão,  o resultado pode ser diferente.

O segundo conjunto de informações contem a impressora usada, a quantidade de tintas usada e o limite default das tintas. Limite de tinta é a quantidade máxima de tinta que ainda torna a impressão mais escura. Depois de um certo ponto acrescer tinta não escurece a cópia, apenas gasta tinta. Cada combinação de papel e tinta tem seu limite. O tutorial presente no pacote QTR ajuda a descobrir esse limite, um artigo do Paul Roark ensina a fazer isso com um scanner ao invés de um densitômetro.

O terceiro conjunto de informações se refere aos limites de cada tinta, nesse caso, acabei optando por ficar apenas com o default, já que os individuais pareciam ser o mesmo. Essa tinta cobre o papel com muita facilidade, por isso um limite tão baixo com aproximadamente um terço da quantidade de tinta que a cabeça pode expelir.

O quarto bloco, o maior, relaciona o local de cada tinta e seu valor em relação à tinta mais escura, é aqui que as diferentes diluições ganham nome e um valor de cinza que é obtido através do mesmo tipo de teste que define os limites, com um pouco de matemática. Os tutoriais explicam essas etapas muito melhor do que eu jamais seria capaz.

Por fim, o quinto bloco contém a informação sobre a linearização da curva, que ainda é uma etapa mais avançada para ajudar ao software entender onde utilizar cada uma das tintas na hora de produzir degradês e passagens de um tom para outro com suavidade. A linearização pode ser omitida, já que apenas com limites bem definidos os sistemas costumam ser capazes de boas imagens.

Gerar esse arquivo e incluir as informações corretas é descrito nos tutoriais e instruções que acompanham o QTR. Tudo é feito das informações que são obtidas depois de imprimir alguns alvos como esse, que posteriormente são escaneados e medidos usando um software de retoque digital (Photoshop, Gimp, etc).

Fluxo de Trabalho

Fazer cópias de carbono é um pouco mais complicado que uma impressão normal, mas é bem pouquinho. Ajuda ter uma pequena listinha num pedaço de papel ao lado do computador, principalmente se for como eu e só fizer as cópias de vez em quando.

Abra o seu arquivo de imagem e faça todas as modificações que achar convenientes. Quando o arquivo estiver pronto converta para tons de cinza. Costumo gravar uma cópia específica para a impressão, logo duplico aquele arquivo original com os tratamentos e adiciono o tamanho da cópia pretendida ao seu nome, caso eu faça alguma mudança para aquele tamanho de cópia (unsharp mask etc). A conversão para grayscale é simples, mas o Photoshop precisa estar configurado para trabalhar com o perfil Gamma 2.2 para arquivos em tons de cinza. Caso o arquivo já esteja em tons de cinza, confirme que esse é o perfil utilizado.

Entre no diálogo de impressão do Photoshop e escolha a impressora virtual criada pelo QTR para sua impressora. A partir dali configure tamanho, bordas, etc. Selecione a opção para o Photoshop fazer o gerenciamento de cor, escolha o perfil do QTR de acordo com o acabamento do seu papel (glossy ou matte). Clica em OK e você é jogado para o diálogo de impressão do sistema. Acesse ai as opções do Quad Tone Rip, escolha a curva que você criou estabelecendo os limites de tinta para o seu papel. Escolha a mesma opção de DPI, de movimento da cabeça de impressão (uni ou bi-direcional). Caso necessário, vasculhe as notas que você criou dentro do arquivo da curva, como lembretes dessas opções. Já está, basta imprimir agora.

Papel para cópias de carbono

Meu papel preferido para essa tinta de carbono é o Hahnemuhle Photo Matt Fibre Duo 210gsm. É um papel que se pode imprimir em ambos os lados (útil em postais, por exemplo) e que alcança um preto bem escuro comparado a outros papéis matte. Inksets simples como o meu, só permitem imprimir em papéis matte. Para usar papéis com algum brilho existem inksets mais complicados, mas que também podem ser feitos em casa.

O poder de cobertura do carbono obtido na MIS ou na STS é muito grande, há que se ter cuidado ao criar os limites para não permitir muita tinta no papel. Por exemplo, na minha Epson 1400, o limite default é 30% para todas as tintas, ou seja, a impressora poderia colocar muito mais tinta sobre o papel, mas isso não deixaria a cópia mais escura.

Permitir mais tinta que o necessário também causa problemas de baixa luzes com pouca separação e detalhes. Por outro lado é importante observar as altas luzes do arquivo e ter certeza de que elas estão ali entre os 0% e 5% de tinta, para que fiquem com o branco do papel.

Como a foto acima mostra, esse papel tem um tom ligeiramente quente, que combina com o tom quente da tinta carbono. As duas referências de cinza ajudam também a dar uma noção de quão quente é o preto do carbono. Para efeito de comparação, aqui o arquivo original, apenas em tons de cinza. A cópia ainda tem os detalhes do piso escuro e dos prédios distantes ao fundo.

Um portfoliozinho 13x18cm

Logo que eu terminei de converter a Epson 1400 fiz uns postais e umas cópias pequenas. Devo confessar que o formato 5×7″ é meu predileto ultimamente.

Resolvi então fazer um pequeno portfolio com algumas das imagens mais áridas dos últimos anos no Brasil. É um lugar abandonado e desprovido de pessoas.

Repensando São Paulo

Tenho aproveitado esses dias longe das ruas para repensar as imagens que eu já fiz. tenho diversos conjuntos de imagens ligados a um evento específico ou a um processo específico. No entanto, de 1992 a 2019 eu fotografei São Paulo. Algumas semanas mais que outras, no mínimo uma fotografia pela janela de uma nuvem que aparecia no horizonte.

Comecei a organizar numa pasta algumas cenas internas e externas que representam um jeito de olhar para todos esses anos interagindo com essa cidade. A idéia é imprimir um mini-portfolio que caiba numa caixa 15x21cm, de papel Matt Fibre e tinta de carbono.

Carbono na Epson 1400

Comecei misturando a base da tinta, de acordo com a receita do Paul Roark. Água destilada, glicerina líquida, dois umectantes diferentes, pronto. Enchi os cartuchos recarregáveis com a base e coloquei na impressora até que não saia mais tinta coloridas nas impressões.

Esse vídeo mostra um pouco dessa etapa:

Comprei diversos tamanhos de seringa para ver o que funcionava melhor com os cartuchos da 1400 que são bem menores do que os cartuchos que eu usei nas impressoras anteriores. Acabei me entendendo melhor com as seringas de 10ml e 2.5ml para acertar as medidas dessas diluições. Preparei 50ml de cada tinta (2%, 6%, 9%, 18% e 30%) e o cartucho K leva a tinta sem diluição, ou seja, 100%.

Primeira etapa é abrir o “inkseparation6.tif” para começar a descobrir quais os limites das tintas.

Nesse momento descobrir que alguns canais ainda tinham pequenos entupimentos e voltei atrás um pouco. Fiz umas 3 limpezas e carreguei a tinta novamente (tirando os cartuchos e os recolocando, fazendo a impressora entender que eram diferentes).

Fiz todas essas primeiras etapas com papel sulfite, simulando a operação normal com papel fotográfico, a idéia era mesmo descobrir esses pequenos problemas antes poder calibrar o sistema com o papel que vou usar daqui para frente.

Descobri diversos pequenos problemas no processo, usei uns perfis genéricos que eu tinha guardados para imprimir algumas imagens e ver se os tons pareciam estar ok, se nenhum canal começaria a dar mais problemas com o uso.

Com as fotos em sulfite saindo com os tons certos, sem manchas, riscos ou falhas, foi a hora de começar a calibrar o Hahnemuhle Matt Fibre Duo, meu preferido com essa tinta de carbono.

Estabeleci que o limite de tinta default seria 35% e refiz a impressão do “inkseparation6.tif” com 35% da tinta, depois de seco esse alvo será lido no scanner para definir os limites das outras 5 tintas e como elas vão interagir para produzir os diversos tons da cópia.

Ateliê no primeiro subsolo

Aos poucos eu estou recriando um espaço para trabalhar em imagens. A primeira coisa que eu queria ter novamente é uma impressora que pudesse imprimir em carbono. Comecei a busca pelas Epson 7600 ou 9600, até achei umas candidatas interessantes, mas todas muito distantes daqui. Cheguei a pensar em modelos mais modernos, achei umas próximas, mas muito caras para esse momento de experimentação. Dai olhando o Marketplace do Facebook encontrei uma Epson 1400, conhecida em outras paragens como Artisan, uma impressora A3+ relativamente pequena.

Essa Epson tem 6 cartuchos e aceita bem os cartuchos com auto-reset vindos da China, o que é um alívio. Existem boas experiências com ela e carbono por ai, isso também anima. O preço dela era bem razoável. De tão pequena, ela foi fácil de carregar no trem/comboio até aqui (na verdade foi metrô, trem e depois ônibus, cansativo, pequena mas pesada, valeu mesmo assim).

Outros itens foram mais fáceis, as dicas da Sofia Silva valeram e achei água destilada e glicerina no Leroy Merlin, de onde vieram também os cavaletes, a placa que virou tampo de mesa e a estante metálica.
No supermercado peguei abrilhantador de lava-louça/loiça. Na farmácia peguei seringas de diversos tamanhos para fazer aquela sujeira incrível com a tinta, rsrsrsrs.

O mais importante levou uns dias para chegar, vejo direto do fabricante na Flórida, um litro de base de carbono para tinta inkjet. Já falei dessa dica do Paul Roark no primeiro post aqui sobre carbono, da tinta da STS que é a base do kit Eboni-6. A tinta em si foi mais cara que o resto todo dessa tranqueirada, mas ela deve durar alguns anos.

Simplificando muito, vou dizer que esse kit da Ink Supply é um kit concorrente aos kits da Cone Inks, foi desenvolvido pelo Paul, mas ele ensina a fazer algo parecido no próprio site dele. Tinta inkjet do tipo faça você mesmo. Essa é a beleza do carbono.

Ainda aguardando os cartuchos chineses e em busca de uma promoção no Hahnemuhle Matt Fibre, em breve mostro os testes.

Carbono • é… entope também…

Acabei ficando um mês e meio sem usar a impressora e duas cores que estavam entupindo com facilidade, acabaram entupindo para valer. Diversas noites com limpa-vidros aplicado no parking pad não resolveram nada, várias limpezas também não.

A impressora tinha 3 cores que já não iam bem antes, com isso fiquei com apenas 5 cores funcionando e um inkset de 6 tons de preto. Mudei o 100% para o canal Magenta que ainda estava bom, mantive 30%, 9%, 6% e 2%. Perdi o canal de 18%. Refiz os cálculos dos crossovers e criei um novo descriptor file.

O QuadToneRip entende a impressora e a localização das tintas a partir de um arquivo chamado QuadTone descriptor file, que é apenas um arquivo TXT mais ou menos assim:

# QuadToneRIP curve descriptor file
# for 4900 with T474 Epson Archival Ink diluted inkset

PRINTER=Quad4900
CALIBRATION=NO
GRAPH_CURVE=NO

N_OF_INKS=10
DEFAULT_INK_LIMIT=65

LIMIT_K=0
LIMIT_C=0
LIMIT_M=0
LIMIT_Y=
LIMIT_LC=
LIMIT_LM=
LIMIT_LK=0
LIMIT_LLK=
LIMIT_OR=
LIMIT_GR=

#
# Describe usage of each ink
# All inks must be listed
#

# Gray Partitioning Information

N_OF_GRAY_PARTS=6
GRAY_INK_1=OR
GRAY_VAL_1=100

GRAY_INK_2=LM
GRAY_VAL_2=40

GRAY_INK_3=LC
GRAY_VAL_3=30

GRAY_INK_4=Y
GRAY_VAL_4=20

GRAY_INK_5=LLK
GRAY_VAL_5=10.5

GRAY_INK_6=GR
GRAY_VAL_6=5

GRAY_INK_7=
GRAY_VAL_7=

GRAY_HIGHLIGHT=6
GRAY_SHADOW=6

GRAY_GAMMA=1
GRAY_CURVE=

# Toner Partition Information

N_OF_TONER_PARTS=0
TONER_INK_1=
TONER_VAL_1=
TONER_INK_2=
TONER_VAL_2=

TONER_HIGHLIGHT=
TONER_SHADOW=

TONER_GAMMA=
TONER_CURVE=

# Unused Inks

N_OF_UNUSED=6
UNUSED_INK_1=C
UNUSED_INK_2=M
UNUSED_INK_3=OR
UNUSED_INK_4=Y
UNUSED_INK_5=LM
UNUSED_INK_6=LC

UC_NEUTRALIZER=NO

A parte do gray partitioning information é o X da questão. E foi ali que eu mudei o número de canais e onde eles estavam posicionados. Refiz o ink charge do lado direito e bati uma calibração para ver se tinha as 5 tintas funcionando 100%. A matemática não falhou e fica muito difícil achar uma diferença entre as cópias com 6 tons e das de 5 tons.

Update #1 21/02/19: perdi mais um canal, o Y, agora tenho 4 tons de carbono e continuo indo.

Update #2 21/02/19: erro fatal 1A39, a cabeça morreu. Isso explica o dropout de amarelo.

Update #3 28/02/19: uma das possibilidades de um erro 1A39 é um curto no flexível que vela os comandos à cabeça de impressão. Uma checagem possível é remover a cobertura da cabeça (seis parafusos philips) e recolocar o flexível grande à esquerda da cabeça. Fiz isso e a impressora foi capaz de realizar um teste de cabeça sem soluços. Essa semana parada gerou uns entupimentos. Coloquei líquido no parking pad e vou deixar umas horas antes de tentar limpar.

Provinhas

Outro dia aproveitei a para fazer provas de um ensaio que fotografei em 2013 em Curitiba. Ainda não encontrei uma maneira de traduzir o not a through street, que seria aquela rua que não leva a nenhum outro lugar senão de volta à mesma rua de onde ela sai, como uma alça que começa e acaba na mesma rua. Fica sem saída por enquanto, vou me informar melhor, mas acho que essa placa não há no Brasil, vide isso aqui.

A Epson precisou ser acordada de um mês e meio sem uso, foi necessário um fim-de-semana com líquido de limpeza nos parking pads, mas foi só isso e ela logo voltou ao normal. O carbono é bem amigável e desentope facilmente até numa cabeça série x900.

Carbono • primeiros testes com Matt Fibre 200gsm

Contei um pouco do processo de criar um inkset de carbono e instalar esse inkset numa impressora Epson aqui.

No caso do inkset que criei, optei por um tinta que só serve para papéis matte. Escolhi um rolo de Matt Fibre da Hahnemuhle para começar a operar essa impressora.

Defini os limites de tinta e criei o descritor básico para o papel. Ainda não linearizei, mas acho que os prints estão fiéis aos arquivos.

Ainda estou me entendendo com margens e etc para aproveitar melhor o papel de rolo.

Fiz algumas provas de imagens em infravermelho da Patagônia e também de um reveillon. Essas últimas provas fazem parte desse trabalho que reune os registros dos últimos 25 reveillons que vivi.