Há uns dias eu publiquei um teste com uma Nikon D200. Elogiei suas cores, apesar de ser uma câmera digital com mais de 10 anos e citei o fato dela ter um CCD ao invés de CMOS, que hoje é padrão na indústria fotográfica. Acho que essa questão ficou no ar, dai esse post para por ela de volta no chão.
A fotografia digital nasceu com o CCD, o CMOS veio posteriormente como uma forma mais barata de produzir sensores de imagem para câmeras mais simples, com a evolução do software que controla o CMOS e dos próprios CMOS ele acabou substituindo o CCD em quase todas as câmeras fabricadas hoje em dia (Leica e Phase One ainda oferecem opções com CCD, mas aos poucos elas vão rareando).
O cerne da diferença é que os CCDs usam um processo de manufatura mais complexo, enquanto os CMOS podem ser fabricados numa fábrica comum de microprocessadores, isso por si só faz os CCDs mais caros que os CMOS. CMOS são naturalmente mais sensíveis ao ruído, anos de desenvolvimento de software fizeram isso se tornar imperceptível para o consumidor. O CCD naturalmente consome algo como 100 vezes mais energia que um CMOS equivalente. Ainda há quem diga que as cores do CCD são melhores, mas o fato é que a mistura de pigmentos que são usados nos sensores e os perfis gerados posteriormente pelos fabricantes também tem um papel importante para a percepção da qualidade do CMOS hoje e com a evolução tecnológica o CMOS foi ganhando esse espaço também.
Isso explica basicamente porque hoje em dia temos que lidar com o rolling shutter e as imagens flicando. Se você quiser ler uns bate-bocas a respeito de qual sensor é melhor, aqui tem um. Aqui tem um vídeo maneiro que explica as diferentes tecnologias.