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Mais experiências com objetivas

Essa objetiva Kawanon 180mm f/3.5 com sistema preset de diafragma chegou precisando de diversos cuidados, aparentemente ele foi desmontada para alguns reparos que não chegaram a ser executados. A primeira coisa que percebi é que ela era muito pesada na frente, uma característica frequente das objetivas com design sonnar e isso já me deixou empolgado.

Ludwig Bertele desenvolveu a primeira objetiva Sonnar para a Zeiss em 1929, uma 50mm f/2, passou os anos seguintes em busca de uma versão mais clara e tentando resolver alguns problemas. Em meados da década de 1930 ele desenhou uma 135mm f/4 baseada nesse design e esse objetiva foi copiada por diversas empresas. Essa 180mm parece ser baseada nesse design da 135mm por conta da complexidade do elemento traseiro. O que eu posso esperar dessa lente? Imagem de qualidade no infinito para paisagens, um belo desfoque ajudado pelas 12 lâminas, nada muito especial nas distâncias mais curtas.

Depois de descobrir a sequência correta de montagem da parte da frente pude acessar um parafusos que estava frouxo. Faltava uma mola circular que dá a pressão do sistema preset, roubei uma de um filtro 62mm e fui em frente na remontagem.

A segunda experiência foi usar um corpo de câmera Konica para receber objetivas difíceis de serem convertidas. O registro da baioneta Konica AR é de apenas 40.5mm, ou seja, sobra mais espaço entre corpo e lente para converter objetivas diversas.

Esse primeiro teste foi com uma objetiva Trioplan com baioneta Exakta. Simplesmente adicionei uma baioneta de um corpo Exakta à câmera Konica com o auxílio de um espaçador de 0.5mm para alcançar os 4.2mm de diferença.

Alguns testes com objetivas

Volta e meia aparecem lentes que não foram feitas para câmeras fotográficas ou de cinema, se tornou comum tentar de alguma maneira instalar essas lentes em câmeras para estudar a maneira como elas vêem o mundo.

Aqui acima uma objetiva de ampliador de segunda linha junto a um helicoidal de uma Helios 44-2 e um anel adaptador de M42 para EOS, assim nasce uma 75mm para Canon que é um triplet. Mas qual a utilidade de uma triplet?  Além do desfoque mais bonitinho, as triplets podem oferecer um desenho das texturas mais macio para um retrato.

Acima e abaixo objetivas de máquinas de microfilmagem da Olympus. Determinar a distância que a imagem de forma a partir da traseira da lente é o primeiro passo para saber se terá utilidade. Qual a utilidade dessas lentes? Não faço a menor idéia…

Testei a objetiva Dioptro Petzval 60mm

Ontem tive a oportunidade de experimentar um protótipo da lente 60mm Petzval da Dioptro, uma objetiva para câmeras SLR e DLSR Made in Brazil! O Wagner e o Rogério da Dioptro estarão na FRoFA (24/06, próximo domingo) com esses protótipos para os visitantes poderem experimentar. Ha!

Olha só o depoimento que eu tomei do Wagner ontem e na sequência imagens feitas com essa lente numa Canon 5D Mark II:

 

Testes com uma 800mm f/5.6

O Bento me emprestou essa objetiva para uns testes rápidos. A objetiva é da época em que a Canon usava o mount FD, logo necessita de adaptador para EOS e veio um mas que funciona como um TC de 1.26x.

Fazer foco manualmente funciona bem para objetos distantes e com a objetiva fechada dois pontos achei o foco bem razoável para o ângulo de visão resultante.

Essas fotos foram feitas em uma Canon 10D bem antiguinha que ainda funciona normalmente. Uma delícia de usar! Foi minha primeira digital.

Oficina • Objetivas Fotográficas

Começa dia 16 de janeiro ali no IMS Paulista:

https://ims.com.br/eventos/oficina-objetivas-fotograficas/

Update:

Algumas imagens do que rolou na oficina.

Depois de cada teste a gente revelou as chapas e fez provas de contato no lab do IMS.

As provas de contato dos negativos em filme raio-x.

Um agradecimento especial pro Adonay que foi modelo na terceira aula e pro Rodnei que foi na segunda.

Aqui a última aula com o debate sobre o resultado do teste de 5 objetivas com designs diferentes.

Testes com a Yashica A

Talvez a Yashica A seja a maneira mais prática e em conta de se obter um triplet de grande abertura (80mm f/3.5 Yashimar) para uma câmera de formato pequeno (6x6cm) e que ofereça o tal do swirly bokeh (nenhuma da imagens desse post dão conta de demonstrar esse bokeh super bem, a terceira imagem apenas parcialmente, mas é viável e bonito).

Com os preços que as Trioplan estão agora e tudo mais que tenha apenas 3 elementos, não consigo imaginar outra câmera e lente que ainda esteja tão barato e que ofereça esse tipo de desfoque tão desejado recentemente.

Me dei conta disso outro dia num post de uma outra pessoa num grupo no Facebook. A imagem tinha os círculos no fundo e eu imediatamente lembrei que tinha uma A lá no Celso, carente de uma limpeza e de um carinho. Dei o trato, limpei o melhor que pude e ainda dei uma garibada no couro do case.

Para o teste usei um rolo de um NPL e um rolo de Superia 100. O NPL ficou esquisito como tinha que ser e o Superia lidou bem com a super exposição massiva que recebeu. A Yashica A tem apenas 4 velocidades diferentes (25, 50, 100 e 300) e para aproveitar o que a lente oferece de melhor só usando ela em f/3.5.

Usar 1/300 e f/3.5 num dia de Sol é luz demais para um ISO 100, mas é o que temos então melhor optar por negativo cor e torcer para dar certo.

95mm Printing-Nikkor • montagem em helicoidal

A objetiva 95mm Printing-Nikkor é uma objetiva usada em equipamentos de telecinagem para na hora da cópia alterar o tamanho do fotograma. Por exemplo, para copiar filme 16mm em filme 35mm que será projetado e vice-versa. Ou seja, ela é otimizada para 1:2 ou 2:1 dependendo da posição, possui roscas idênticas em ambas as extremidades (45mm) para ser montada nos equipamentos. Uma outra característica pouco comum é que ela tem o plano de foco extremamente corrigido e quase nenhuma distorção quando usada nessa situação.

95mm printing-nikkor lens

Comecei a estudar a possibilidade de montar a lente num suporte que tivesse rosca M42 e ao mesmo tempo um helicoidal para possibilitar o foco.

helios 44m helicoidal

Removi o conjunto ótico de uma objetiva Helios 44M, usei um anel de um adaptador T-Mount para fazer um espaçador e até coloquei um adaptador de Pentax M42 para Nikon F.

A próxima imagem mostra o espaçador sendo colado na frente do helicoidal.

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Se usado com o adaptador para Nikon F, a objetiva pode ser focada no infinito, o que não é super interessante, mas pode ser útil. Com a rosca M42 posso montar a objetiva num fole e dai sim obter os 1:2 ou 2:1.

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O anel de diafragma da Helios nada faz, está desabilitado.

O novo e o velho

Resolvi explorar o mundo das câmaras sem espelho e as possibilidades de usar as lentes mais antigas e obsoletas que eu possuo nelas.

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Interessante como pesquisar esse assunto me faz encontrar uma série de pessoas em busca de uma qualidade fotográfica perdida no avanço da tecnologia dos vidros, dos coatings e etc.

As lentes não precisam mais ter a resolução absoluta, o desfoque é importante e tem o seu valor. Avaliações qualitativas e não quantitativas das objetivas são mais interessantes. Mais um menos o que eu venho tentando fazer por aqui com tudo que é velho já faz uns anos.

DIY Periskop • Teste

Em outubro passado eu terminei de montar essa objetiva e postei algumas imagens aqui.

Agora finalmente fiz alguns testes. Usei TMax 400 8×10″ bem vencido e revelado em HC-110. A objetiva fechada em f/45 com exposição de 1 segundo.

guilherme maranhao 8x10

Fora a convergência das linhas para a direita (graças a um erro meu) a imagem não parece sobre de distorções graves.

No centro a objetiva tem uma definição bem razoável.

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Já no cantinho, mesmo em f/45, não fica lá essas coisas.

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Quem sabe um teste em f/64 ou f/90?