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Um novo cantinho para pensar e fazer

Nos idos de Novembro de 2019, tinha ajeitado uma outra garagem para ser meu primeiro ateliê aqui na terrinha, depois passei quase um ano sem garagem para fazer minhas bagunças, até que recentemente me mudei novamente para um local com uma garagem.

Aos poucos nesse meio tempo, fui juntando um monte de tranqueiras para experimentar: scanners, webcams, impressoras, computadores antigos, cabos diversos, algumas ferramentas, parafusos, LEDs, máquina de costura, monitor, cafeteira. Organizei as coisas pequenas com potes de iogurte grego do supermercado Lidl, os parafuso com potes de vidro de geléia, as peças maiores dentro de um armário reaproveitado do banheiro da casa.

Nostalgia com os labs

O primeiro foi num quartinho dos fundos na casa da minha mãe. Acho que essa é a única foto que ainda tenho dele. Detalhe para o corte que fiz no tampo da mesa para poder fechar a porta do lab.

Depois cheguei a ter um por uns tempos na minha casa, ele foi desmontado e montado novamente quando voltei do ateliê com o lab. É confuso, mas mostro esse depois.

O seguinte foi quando morei no Canadá, ele era num canto da cozinha. Um tecido bege cobre as coisas nas prateleiras, mas não esconde a bagunça. Gosto de como a coluna do Elwood quase bate no teto.

Depois veio o ateliê na Tabapuã, esse foi o mais espaçoso e sensacional que eu já tive, uma pena que durou tão pouco. Mas foi bem aproveitado, fiz algumas cópias grandes lá e consegui padronizar a revelação de filmes, juntei mais tranqueiras e deixei ele bem cheio.

As fotos acima eram com ele arrumadinho (para mandar para uma revista), abaixo dois flagrantes do dia-a-dia. Detalhe para as duas copiadoras que faziam; a chave cair e para a câmera pinhole grandinha que eu descolei. As caixas de madeiras grandes eram resto de uma mudança e coloquei rodinhas para poder mudar as coisas de lugar mais facilmente no lab, dependendo da necessidade.

Mas já na Tabapuã, tinha um outro espaço que ia ganhando importância, veja a pilha de scanners esperando serem desmontados nessa imagem. Detalhe para esse monstro que rodava Windows 98 e para o parassol que eu instalei no monitor.

Mais tarde, no outro ateliê na Rua Tabapuã, esse espaço de experimentação digital mais crescer um pouquinho mais.

O laboratório da Itacema aparece nesse vídeozinho aqui, é bem apertado o espaço, mas dá para ter uma idéia.

Ateliê no primeiro subsolo

Aos poucos eu estou recriando um espaço para trabalhar em imagens. A primeira coisa que eu queria ter novamente é uma impressora que pudesse imprimir em carbono. Comecei a busca pelas Epson 7600 ou 9600, até achei umas candidatas interessantes, mas todas muito distantes daqui. Cheguei a pensar em modelos mais modernos, achei umas próximas, mas muito caras para esse momento de experimentação. Dai olhando o Marketplace do Facebook encontrei uma Epson 1400, conhecida em outras paragens como Artisan, uma impressora A3+ relativamente pequena.

Essa Epson tem 6 cartuchos e aceita bem os cartuchos com auto-reset vindos da China, o que é um alívio. Existem boas experiências com ela e carbono por ai, isso também anima. O preço dela era bem razoável. De tão pequena, ela foi fácil de carregar no trem/comboio até aqui (na verdade foi metrô, trem e depois ônibus, cansativo, pequena mas pesada, valeu mesmo assim).

Outros itens foram mais fáceis, as dicas da Sofia Silva valeram e achei água destilada e glicerina no Leroy Merlin, de onde vieram também os cavaletes, a placa que virou tampo de mesa e a estante metálica.
No supermercado peguei abrilhantador de lava-louça/loiça. Na farmácia peguei seringas de diversos tamanhos para fazer aquela sujeira incrível com a tinta, rsrsrsrs.

O mais importante levou uns dias para chegar, vejo direto do fabricante na Flórida, um litro de base de carbono para tinta inkjet. Já falei dessa dica do Paul Roark no primeiro post aqui sobre carbono, da tinta da STS que é a base do kit Eboni-6. A tinta em si foi mais cara que o resto todo dessa tranqueirada, mas ela deve durar alguns anos.

Simplificando muito, vou dizer que esse kit da Ink Supply é um kit concorrente aos kits da Cone Inks, foi desenvolvido pelo Paul, mas ele ensina a fazer algo parecido no próprio site dele. Tinta inkjet do tipo faça você mesmo. Essa é a beleza do carbono.

Ainda aguardando os cartuchos chineses e em busca de uma promoção no Hahnemuhle Matt Fibre, em breve mostro os testes.

Tira-Olhos • Lisboa

Ontem fui ao Tira Olhos que é um espaço recém aberto aqui em Lisboa. Eles são uma associação para a fotografia experimental ;-) Foi uma delicia estar novamente com a Sofia (que eu entrevistei semana passada) e poder conhecer a Paula e o Alexandre. O espaço é muito acolhedor e eles tem um lab espaçoso e bonito.

Eles três se definem assim: “A TIRA-OLHOS – Associação de Fotografia Experimental, foi criada com o intuito de desenvolver um trabalho de proximidade com amadores, artistas e artesãos, tendo por objectivo desenvolver, promover, disseminar e ensinar técnicas experimentais e artesanais da prática fotográfica.

Por ‘fotografia experimental’ entendemos um modo de criar imagens (a partir da luz) que não só assenta em princípios técnico-científicos, como dá espaço à natureza errante da experimentação para induzir a forma final do produto. Uma grande parte dos processos que usamos são ou podem ser autónomos do uso do dispositivo fotográfico vulgarmente reconhecido como câmara.
O projecto, sediado em Lisboa, começou a ser pensado em 2018 e ganhou vida em 2019. São membros fundadores: Alexandre de Magalhães, Paula Lourenço e Sofia Silva.” –> https://www.facebook.com/TIRAOLHOSFotografiaExperimental/

Bacana também ler o que a Sofia escreveu sobre a aventura de achar e construir esse espaço: https://nihilsentimentalgia.com/2019/10/24/a-new-adventure-tira-olhos/

E se você ficou curioso para conhecer a Sofia Silva, aqui tem uns minutos de entrevista com ela:

Depois fiz uma entrevista com o Alexandre de Magalhães, e essa está aqui:

Também tem entrevista com a Paula Lourenço:

Encontro com o Coletivo Mofo aqui no ateliê

O Coletivo Mofo esteve por aqui, por conta da FRoFa entre outras coisas, e aproveitei para marcar um bate papo aqui no ateliê e colocar uns analógicos para trocar idéias e tal. Aproveitei para fazer um periscope e isso está disponível aqui:

https://twitter.com/refotografia_/status/1011664019252396032

Meu Laboratório em 1998

Depois do último post localizei uma imagem de como era o lab em 1998 logo que acabei de montá-lo com madeira reciclada de embalagens de autopeças.

É, eu tinha cabelo… Logo descobri que a caixa de som fazia o ampliador vibrar, mudei ela de lugar.

Prática Fotográfica • Meu Laboratório

Esse vídeo eu fiz em 2012. Esqueci dele. Fiz o upload no Vimeo em 2014. Esqueci dele novamente. Está um pouco datado, mas conta coisas interessantes do lab, inclusive detalhes que não existem mais.

Tenho o lab nesse local desde 1998, muita coisa mudou.

Ateliê

Essa página da Biblioteca Time Life de Fotografia é incrível, uma fotografia relativamente moderna (anos 1970) de uma recriação de um estúdio de tintypes como se fosse nos idos de 1860. Bom, talvez eu tenha achado tão incrível porque ela me apareceu justamente no meio de um enorme trabalho que eu realizei entre janeiro e fevereiro de 2018. Reproduzi digitalmente aproximadamente 5000 fotografias, muitas delas dessa época, produzidas em espaços como esse, iluminadas dessa maneira.

Logo, essa imagem explica a luz das fotografias do século XIX, o estranhamento da luz do céu nublado numa cena que parece ser do interior de uma casa. Como seria bom um ateliê com uma luz dessas, uau!

Dominando Seu Scanner

Mais uma turma, agorinha, dia 21 de novembro

Infos e inscrições pelo Cinese: http://www.cinese.me/encontros/dominando-seu-scanner-com-guilherme-maranhao–6

Setembro • Várias Oficinas!

Esse mês tem Dominando Seu Scanner no dia 12/09 e Caixa de Luz UV no dia 17/09 no Ateliê. A da Caixa de Luz UV é com a Beth Lee e com o Washington Sueto.

Depois tem Sobrevivendo com Filmes Vencidos no dia 30/09 no Clube!