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Máquinas menos rebeldes no inverno de 2018

Foi uma grata surpresa esse fim-de-semana no Sesc Av Paulista, os scanners mais antigos e portáteis que possuo se comportaram bem demais. São eles:

• Microtek Scanmaker II (1993) com sua roda de filtros RGB e seus scans de três passagens com um CCD p&b;

• Epson GT-5000 (Epson ActionScanner II Mac, 1994) e suas três lâmpadas de cores diferentes para scans RGB;

• Canon Lide 25 (2005) fininho e com fibra de vidro ao invés de objetiva e um sensor tipo CISS ao invés de um CCD;

Todos funcionaram para o deleite dos presentes.

fotogramas_com_scanners

Essa imagem, a última do fim-de-semana é um colaboração entres os que ainda permaneciam na sala depois de tantos scans: Rita, Antonio, Josué, Gustavo, Íris, Lívia e eu.

Fuçar

Fuçar, fuçar, fuçar. Essa é a regra.

Fuçando no software que controla o scanner PFU DL2400 achei um controle escondido. Não tenho manual nem documentação apropriada para entender o que faço nele. Assim, finalmente consegui ativar o modo de 2400 dpi, antes ele só escaneava em 800 dpi.

Para o teste usei um negativo tamanho 6x7cm, uma foto da alguns alunos da turma do Senac Sto Amaro.

Antes:

E depois de ativar a funcão (que na verdade é uma troca de lentes que ocorre no interior do scanner):

Nikon Coolscan III • causando

Quinta-feira passada estava dando início ao escaneamento de um cromo antigo quando o Mac onde trabalhava teve um Kernel Panic. Isso é parecido com um PC executar uma operação ilegal e ter que desligar ou com a tela azul da morte, mas muito mais raro e a maioria dos usuários de Mac nunca viu um acontecer de fato, nem sabe a cara que isso tem.

Enfim, um Kernel Panic quando você clica em algo é motivo para susto.

Nessas horas se deve manter a calma e pensar em termos do que é o método científico. Afinal, o importante é descobrir a causa do problema e não simplesmente culpar algo aleatoriamente (ou só porque a coisa é velha).

Bom, nesse caso algumas coisas poderiam ter causado o erro fatal: a primeira causa de Kernel Panics é uma memória que ficou ruim, mas isso poderia acontecer a qualquer momento e não justamente quando pedi o escaneamento; outra possibilidade seria um problema na placa SCSI ou no cabo que conectavam o scanner ao computador, ou mesmo no scanner. Em geral é um problema de hardware e não de software, mas isso está longe de ser uma regra.

Reiniciei o computador e logo mais quando pedi um autofocus do scanner ocorreu outro Kernel Panic.

Parei tudo, troquei o cabo do scanner, depois a placa SCSI, e por fim o computador todo, só não tive outro scanner para trocar, o Kernel Panic continuou acontecendo.

Meu scanner, adquirido num galpão de sucatas está morrendo talvez. Desmontei o scanner, limpei por dentro, tentei a outra porta SCSI na sua traseira, a situação melhorou um pouco e consegui progredir no trabalho e escanear até 12 cromos sem problemas, mas volta e meia ele reaparece.

Às vezes, o método científico me ajuda apenas a descobrir quais são os problemas com os quais terei que conviver.

Mac Mini • resgate

Para processar imagens ganhei um Mac Mini avariado. O computador não consegui reconhecer o HD dentro dele e a ventoinha estava disparada, a toda potência mesmo com o computador desligado e apenas ligado na rede elétrica, estranho.

Pesquisas e pesquisas apontaram para uma morte eminente da placa-mãe, mas porque não aproveitar o computador enquanto isso não acontece? Para tanto fui ao centro e descolei uma gaveta (ou case) para colocar o HD do lado de fora do computador, onde o problema de ser reconhecido não acontecia nos meus testes. E para sanar o “volume” da ventoinha descolei um potenciômetro de fio, de 100 ohms.

O bicho ficou assim, adeus belo design by Apple. Tentei não fugir demais dos materiais do computador e usei uns pedaço de acrílico, para aproveitar a saída de ar da ventoinha e colocar o HD bem na frente. O pino maior é onde agora se controla a potência da dita ventoinha.

 

mini

Imagens Irrecuperáveis

Essas oficinas que envolvem informática tem uma tendência óbvia de repetirem o que eu um dia chamei de “a revolta das máquinas“.

E assim eu esperava que tudo acontecesse e assim parecia estar acontecendo. A oficina era um experimento envolvendo um software de recuperação de dados, um HD lotados de imagens e outros arquivos e uma galera ávida por ver uma imagem sequer.

O pressuposto da atividade era que o software falhasse. No entanto toda vez que abríamos uma pasta contendo os arquivos recuperados pelo programa, através do File Browser do Photoshop CS, lá estavam todos os thumbnails das imagens resgatadas, impecáveis.

Nos debatemos com essa situação dois dias inteiros e nada do programa falhar. Até que hoje abrimos uma das imagens e sim! a imagem estava corrompida, mas por alguma razão absurda o CS ainda conseguia gerar um thumbnail perfeito para ela. A proposta era obter imagens corrompidas e conseguimos!

Quanto tudo que tinha que dar errado estava dando certo eu realmente fiquei chateado. Mas era um grande engano, tudo deu errado, como esperado e foi lindo.

As impressoras resgatadas do centrão voltaram à vida e conseguimos imprimir umas 4 fotos antes de estragarmos completamente o cartucho de tinta que estávamos usando.

Pismo G3

Um grande amigo me deu de presente um laptop apagado. Um Pismo (Powerbook Firewire, ou o computador da Carrie, personagem do Sex in The City). O Pismo é famoso por sofrer quando sua bateria de PRAM falha. Essa é a bateria dá energia ao relógio interno do computador ou mesmo é acionada quando você aperta botão para ligar o aparelho. O Pismo sofria desse mal.

Além disso, a sua bateria principal, que o mantem ligado quando ele não está conectado à rede elétrica, estava mortinha. Não carregava de jeito nenhum, só piscava um luz informando um curto interno. A bateria de um laptop pode ser de diferentes químicas: NiMH, NiCd ou Li-ion. Essa era de Li-ion e para substituí-la só podem ser usadas baterias dessa mesma química, porque a maneira como o computador irá recarregar a bateria depende exclusivamente da química da qual ela é feita.

Uma bateria de laptop, de Li-ion, em geral é feita de células do tipo 18650 (esse é um padrão de tamanho da célula, parece uma pilha AA um pouco maior). Sai a procura de células similares para substituir as da bateria desse computador, imaginando que encontrar uma bateria completa, desse modelo tão antigo seria mais difícil. Novas são até fáceis de encontrar na região da Rua Sta Efigência, no entanto são bem caras.

Um amigo que trabalha numa multinacional me avisou de uma campanha para arrecadar lixo eletrônico nessa empresa e me ofereceu um lote de algumas baterias IBM de LI-ion. Desmontei algumas dessas baterias (que estavam sendo descartadas por estarem velhas, mas que ainda tinham alguma carga) e consegui substituir as células da bateria do Pismo. O computador ficou ligado cerca de um minuto com as células novas (novas para ele). E assim constatei que o problema da bateria do Pismo eram mesmo as células muito velhas.

Essas baterias não desenvolvem memória, o problema maior é um chip que reside junto às células, ele controla o quanto a bateria pode ser recarregada e quantas vezes e aos poucos diminui a carga máxima que a bateria pode aceitar, isso para evitar que as células de Li-ion explodam durante a recarga. Agora é só achar uma alma caridosa que possua um Lombard (irmão mais velho do Pismo) que rode um programa que faz um reset do chip da bateria do laptop, para que ele trate as células mais novas corretamente.

Tive que aprender tudo isso nesses últimos dias para tentar voltar a escanear pelas ruas.

CRT vs LCD

O mundo foi tomado de assalto pelos LCDs (liquid crystal display). E eu me vi forçado a comprar um, mas consegui evitar. Afinal, tem sempre alguém que fala que LCD não serve para tratar foto. E tem também o Clício que fala que só três monitores servem para isso: o Dell 2407, o Apple de 23 polegadas ou qualquer Eizo. O fato é que a gente tem que ler muito para descobrir o que essas pessoas querem dizer. Existem três tecnologias por trás dos tais LCDs: TN, PVA/MVA e IPS.

TN é a carne de vaca (consumer grade), se você está lendo esse post em um LCD, 95% de chance que é um TN, se custou menos de 1000 reais novo, 100%.

IPS é uma tecnologia mais cara, sendo que parece que PVA/MVA é a versão da Samsung para ela (mas posso estar enganado, ou não, afinal parece que a Samsung tem uma versão sua para tudo nesse meio). IPS tem um contraste que se aproxima do contraste do CRT (cathode ray tube) e isso é bom. Já o preço… os monitores da lista dada pelo Clício em sua palestra são todos IPSs.

Quer saber se seu monitor é TN, PVA/MVA e IPS?

Mas o que fazer então para evitar ser engolido pelo mundo dos LCDs? Correr atrás de um CRT ainda funcionando? Acho que sim.

Chuva Solar?

Essa última semana foi a Revolta das Máquinas. Rebeldia em massa por parte dos scanners levados para o Rio para a Oficina no Ateliê. Um computador não quis ligar aqui. O gravador de DVD do Mini parou de funcionar. Será que tá rolando um chuva solar forte e eu não sei. Se for é hora de sair a noite para ver a aurora austral.

Placa de vídeo do iBook G3 morreu

De nada adiantou cruzar os dedos, talvez uma hora não tenha sido suficiente, uma outra tentativa deve seguir antes de declarar a derrota (e começa agora!). Hoje, depois de instalar os drivers de uma impressora, usando o CD, hoje um kernel panic e um mesmos riscos apareceram na tela.

Update em 05/06/08: não adiantou nada, nem 4h sob o ferro de solda.

Placa de vídeo do iBook G3

De dedos cruzados.

Há um tempo atrás fiz um post sobre meu iBook branquinho, o Man Ray. Naquele dia ele tinha mostrado um problema no vídeo, acabei achando um parafuso solto dentro dele, achei que tinha encontrado a solução, o fato é que depois de um tempo o problema voltou.

A causa era conhecida, uma solda de fábrica que dá problema em vários desses laptops.

Para resolver isso muita gente usa álcool ou outro combustível, uma lata e deixa o calor passar para o chip problemático dando uma certa fluidez à sua solda por um breve instante, assim o chip se assenta novamente na placa-mãe.

Acabei descobrindo um técnica alternativa, que evita o fogo.

A idéia surgiu de um post no site Geek Technique (o link está no post original também). Lá o assunto é tratado com fogo, mas em um comentário no meio da página um outro proprietário de iBook descreve a utilização de um ferro de solda para tal tarefa, olhei as fotos que vão no comentário e achei mais seguro e controlado.

Desta vez eu estou escrevendo o post a respeito da solução do problema direto do teclado do iBook, como fizeram os que tiveram sucesso nessas tentativas insanas. É difícil digitar de dedos cruzados.