Começamos essa solargrafia mais recente no solstício de inverno e agora ficou pronta no solstício de verão:

Alguns detalhes interessantes, como o reflexo do pôr-do-Sol nas janelas do prédio da frente.

E esses clusters de fungos ficaram incríveis!

Há 6 semanas escrevi aqui sobre a câmara que tinha colocado na varanda olhando para o Sudeste. Essa primeira imagem era um teste, levou 6 semanas e ficou assim:
Foi um Novembro atípico para a região, com muitos dias Sol. Em geral aqui é mais chuvoso nessa época, mas aqui como no resto do planeta, está tudo mudando.
O plano é fazer uma outra imagem, do solstício de inverno ao solstício de verão. Acho que vou erguer o orifício um pouco, para observar mais do céu e reforçar as fitas que prendem a câmara.
Meu filho mais novo queria fazer uma câmara pinhole. Expliquei a ele o que era Solargrafia e ele se interessou.
Começamos por identificar que a lata de fermento seria apropriada para esse projeto. Tivemos que esperar que o fermento fosse usado. A latinha foi lavada, depois secou. Não tínhamos tinta preta, logo aproveitamos a capa de um caderno, que era preta, para recobrir o interior da lata a fim de evitar reflexos indesejados.
Usamos um pedaço de alumínio da tampa do achocolatado. Fizemos o furo apenas com a ponta do alfinete, usando o tal caderno de anteparo. Limpamos a borda do furo, para garantir uma imagem mais limpa.
Tínhamos uma ponta de papel Kentmere. Prendemos a lata aqui na varanda, observando o nascente. Vamos abrir em 45 dias.
Depois de duas semanas…
A exposição foi pouca (seguindo as dicas do Tarja a exposição deveria ser de 3 a 6 meses, mas eu tava muito curioso). O Sol pode ser visto ali no pequeno espaço que se vê da janela de cima, pontinho amarelos. Os pontinhos brancos pela área mais escura da imagem são sujeira mesmo.
Uns dias atrás falei do projeto Solargraphy de Tarja Trygg. Inspirado nas dicas que ele dá no site dele preparei uma câmara formato 5×7″ com um pedaço de papel P&B fibra dentro (Ilford Gallerie, G3, vencido). E a câmara está ai, imóvel, desde o dia daquele post (28/10/09).
O tempo virou aqui em Sampa, o Sol abriu e nos últimos dias o céu esteve assim, completamente azul. Isso foi ótimo para por em dia uns projetos fotográficos e deve estar causando uma velatura bacana no papel dentro da câmara.
Coloquei o diafragma em f/45 e colei um filtro polarizador por cima da lente para diminuir um pouco mais a intensidade de luz. Apontei a câmara para o poente. Tive o cuidado de fazer uma limpeza especial da janela logo a frente da câmara, que estava imunda.
Um figura chamado Tarja Trygg colocou no ar um site chamado Solargraphy.
Vale a pena olhar a galeria e ver se interessa ajudar o caro Tarja, como um voluntário, na sua empreitada.
Bom, se não for por isso, vale a pena porque as imagens e as informações do site são simplesmente incríveis!
Segure o fôlego e clique no link. Esse trabalho mexe com as bases da fotografia e questiona algumas das crenças mais simples que temos, como faz também o trabalho de Michael Wesely.